segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Raio de sol

Em meio a arrumações, caixas, roupas, livros, fotos, encontrei diários de anos passados que me fizeram rir e chorar. E não pude deixar de notar o espírito de "can we ever go back?"* em muitas das letras escritas naquelas páginas. Descobri que uma parte de mim se apegava sempre ao passado, e ignorava o presente, que não muito depois, oferecia alguma novidade surpreendente. Muitos dias se passaram sem que eu notasse a sua beleza, admirando os dias anteriores. Não quero mais. Tudo que já aconteceu, sempre estará em mim. Por que não deixar entrar um raio de sol, e admirá-lo, não no dia seguinte, mas no exato instante que acontece? Por que não deixar florescer os galhos sempre secos? Por que não curtir as folhas vermelhas quando estiverem vermelhas, e a lua nova, quando estiver exatamente nessa fase? Eu, que não perco uma estrela, um pôr-do-sol, uma flor que se abre, sim, logo eu, cometi a falha de pensar que os dias anteriores tinham sido melhores. Se hoje não tenho algo, fui feliz enquanto tive, e isso sempre existirá. É meu. E não pode ser roubado de mim. Mas hoje, hoje também é lindo. Hoje é magnífico do jeito que for.

Beijos e pétalas.

*(da música: speaking a dead language - joy williams)

Depois da tempestade, vem o arco-íris!


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Perdoem pela demora, mas aconteceram imprevistos mil. Inclusive uma tempestade, que caiu pesada, muito mais do que deveria, invadiu o bairro, casas adentro (inclusive a minha) e a situação ficou bem cinzenta por aqui durante algumas horas. Rolei algumas lágrimas por causa de alguns móveis e objetos perdidos, mas no dia seguinte me recobrei. Vi que não dava para renovar a não ser que abrisse espaço. Percebi que algumas coisas que vem são melhores do que as que foram. E agora, é só arco-íris. As coisas mais importantes continuam no lugar, e é isso que importa.

Beijos e pétalas.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Difícil de agradar

Reunião de trabalho, sempre a mesma coisa: ficar quieta o maior tempo possível para não correr o risco de ser bombardeada com toda a doçura verbal da minha chefe-difícil-de-agradar. Nada demais, não é mesmo? Surpreendente seria se não fosse assim. E o pior é que tem sempre um(a) sem noção que adivinha o pensamento dela, tão bem, tão bem, que parece que combinaram as falas.
R: (após horas em silêncio profundo e atenta observação) Ao meu ver, o cliente X não merece mais a consideração da nossa empresa. Minha opinião é que devemos cort...
A: Eu discordo fortemente. Devemos ser mais condescendentes. Afinal de contas, blá, blá, blá, blá.....
Chefe: Exatamente! Obrigada pelo comentário, A. É essa atitude que espero de todos nesta reunião, blá, blá, blá...
R: ?????? (voltando ao silêncio inicial)
Chefe: Ok, e o Y? Como resolveremos esse impasse?
R: (ousando dizer um pensamento em voz alta) Bem, acho que podemos levar em conta...
Chefe: Você acha isso? Mas é um absurdo! Não é assim, tentar resolver as coisas deixando passar os problemas para acabar logo a reunião...
R: ?????? (voltando novamente ao silêncio inicial)
A: Se você me permite, eu concordo plenamente. Y não merece mais a consideração da nossa empresa. Minha opinião é que devemos cortar...blá, blá, blá, blá, blá....
Chefe: Exatamente! Obrigada pelo comentário, A. É essa atitude que espero de todos nesta reunião, blá, blá....
R:????? (procurando no húmus um lugar para se esconder por um a dois anos)


P.S. Difícil escolher música para este post; não sei se fui mais pela letra ou se pelos gritos do vocalista no refrão. E, sinceramente, acho que nessa música em particular, ele está bem comedido.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Último pedido...

Estou cansada de sentir medo a cada vez que ouço tua voz, cansada de pressentir cada palavra fria que congelou fora dos nossos corações. Já sabes que tua presença ainda existe em mim, e penso que sempre existirá. Só não quero mais que meu coração fique apreensivo quando ouvir teu chamado. E peço-te encarecidamente que não volte ao meu portão chamar por qualquer nome. É a tua voz que não quero mais ouvir, porque ela já ecoa demais aqui dentro, e não preciso de ecos externos. Meu amor é uma folha vermelha enterrada no chão, que se desintegra lentamente, e aos poucos, vira uma lembrança, uma história, uma lenda...mas não tua voz. Tua voz permanece sempre para lembrar que existimos um dia. E por ser tão evidente que não consigo apagar teus vestígios, peço que tu mesmo o faça. Peço que saias do caminho dos meus olhos o mais rápido possível, e nunca olhe na minha direção, como agora. Tua presença é excesso dos meus pensamentos. Tua voz é sofrimento além do que posso aguentar. Afaste de mim tudo o que te pertence. Tenha o cuidado de estar sempre fora do meu alcance, para que nem meu inconsciente te procure. Construa teu novo castelo além do horizonte das ruínas do meu. E se, algum dia, precisar de mim, converse com o holograma que deixei na tua memória. Mas longe, sempre longe. Eu não sairei de onde estou, e nunca saí. Teus pés, que abandonaram tão habilmente seu lugar, é que devem agora continuar andando, sem parar. Agiria assim, se estivesse no teu lugar, mas não estou. Não volte ao lugar abandonado para ver se alguém pretende construir algo ali. Não faça perguntas, assim como me pediste. Mantenha uma distância que me faça sentir segura e inteira. O lugar certo será onde a névoa do tempo não permitir a tua nitidez. Porque tua proximidade aflora o pior de mim. Permito que sejas imortal, mas que sejas apenas uma sombra. Deixe-me florescer eternamente cinza, mas nunca em cinzas.
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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Pétalas da vida 8: Vá entender...!


Amo rabanadas! E como em qualquer época do ano. Como quando tenho vontade: se me dá vontade em julho, eu como; se em janeiro, também. Mas acho que a rabanada não é rabanada quando não tem aquele deita-e-rola no açúcar e canela. Se não tem isso, fico assim meio decepcionada. Mas eu nem sabia que iria me sentir assim, porque para mim, não ter esses dois ingredientes era impossível. Até semana passada...
K: Oi, amiga, entra, vem fazer um lanche comigo!
L: Ok, mas não posso demorar muito...
K: Eu fiz umas rabanadas, hmmm!!!!
L: Ai, que delícia! Lembra minha infância. Faz tempo que não como, você leu meus pensamentos!
K: Tcharaaaam!
L: ......mas cadê o açúcar e a canela????
K: Não coloquei, porque fica muito doce.
L: E o que é isso branquinho aqui?
K: É leite condensado.
L: ???

Açúcar e canela são muito doces, e leite condensado é o quê? Vá entender...

sábado, 6 de novembro de 2010

Pra tudo tem uma primeira vez!

O título chama muito mais atenção do que aquilo que o texto realmente trata. Também não se trata de torcicolo, porque não foi a primeira nem a milésima vez que já passei por isso. Trata-se do meu mau humor. Nunca escrevi de mau humor no blog, mas como pra tudo tem uma primeira vez...
Passar o feriado de pescoço torto não estava nos meus planos. Nem ter que ir trabalhar nos próximos dias sem estar totalmente curada. Faço tudo tão direitinho, mas ainda não melhorei minha postura em frente ao computador, e sei que preciso fazer isso urgente. Mas além de tudo, embora digam que travesseiro de pena é bom porque se ajusta ao pescoço, pelo menos pra mim não funciona. Se meu pescoço anda com a postura errada, o travesseiro não tem que se adaptar a ele. Eeeele é que tem que se adaptar ao travesseiro, ele tem que ser disciplinado. por isso, tratei de comprar meu travesseiro anatômico, que deixa 1/4 do tecido das fronhas sobrando, mas vá lá, ainda fica bonitinho. E meu pescoço agradece. Parece que todos os problemas que a gente chuta de esquerda pra longe quando o pescoço está no lugar certo, aumentam quando o pescoço não nos obedece. E não adiantou ficar nervosinha: fui roer as unhas (coisas que não faço mais há séculos) de tanto nervoso, e nem a isso tinha direito, porque qualquer movimento era uma dor danada. Fiquei presa a apenas 3 atividades durante todo o dia, aaaaarghh!!!
Mas isso tudo é pra dizer que não é um pescocinho de nada que vai acabar com meus planos, hahaha! O travesseiro já foi providenciado, e meu sorriso também!

Beijos e pétalas.
P.S. Nada mais apropriado que "Why you wanna bring me down", não acham? Canta, Kellyyyyyyyy!!!

domingo, 26 de setembro de 2010

Menina morena

Eu me lembro perfeitamente do momento em que me dei conta da minha feminilidade. Não estava me olhando no espelho, não estava colocando batom ou usando lingerie pela primeira vez. Nada disso. Estava lendo um livro, como de costume, na sala de estar da minha avó. A brisa morna corria lá fora, e o sol começava a ter o laranja dos fins de tarde dos dias mais quentes. Eu sentada no sofá, de frente para as grandes janelas, e uma cadeira de balanço que dava um toque de antiguidade ao cômodo. O livro era lindo, suave, doce, e eu me identificava com alguma coisa na personagem que só fui saber explicar recentemente.
Fato é que depois perdi o livro. De repente, me veio uma vontade incrível de vê-lo novamente, e o procurei avidamente entre as coisas antigas guardadas. Não achei. Devo ter perdido, infelizmente. Mas não desisti. Comprei num sebo.
Incrível como uma dia, do nada, ligamos uma coisa a outra, e analisando a nós mesmos, descobrimos por que somos assim, por que agimos assim, por que gostamos tanto disso ou daquilo. E quando encontrei a imagem do livro na internet, tive um flashback tão intenso e colorido, e lembrei por que é gosto tanto de usar flores no cabelo.
As ilustrações do "Menina Joana" expressavam tudo que eu gostava: flores, sol, cores, alegria! A história era simples, mas o que me impressionava e fazia com que eu ficasse horas folheando o livro não era isso; era o fato de que o sol, de que eu tanto gostava, no livro, convidava a menina pra brincar. E não é assim que realmente nos sentimos quando estamos muito alegres? Tudo conspira a nosso favor. O sol procura a posição perfeita para nos iluminar melhor. As estrelas só aparecem para sorrir para nós. A brisa vem para brincar com os fios dos nossos cabelos. As nuvens brincam com a gente de o que é, o que é, tomando formas inusitadas. Essa era a alegria que eu sentia e não conseguia descrever, e a única reação que tinha era de grudar os olhos nas páginas dos livro e sorrir, e às vezes, me emocionar.
Eu era criança, e ainda faltava um pouco pra me transformar em moça, mas de repente, fiquei muito orgulhosa em notar que minha pele, da cor do doce de leite, tinha o tom perfeito de dourado que eu achava que deveria ter, assim como as moças que os autores descrevem como suas musas. Eu era tão alegre quanto a menina do livro, e por algum motivo que, este sim, até hoje não sei explicar, me senti linda, me senti única, como uma rosa especial em botão no jardim da vida.
Escolhi esta música "Espere por mim, morena", do Gonzaguinha, porque ela me faz lembrar de tudo isso. E é uma canção tão carinhosa, até o ritmo da música é terno. Além disso, foi uma das primeiras músicas que eu escutei e achei que tinha sido escrita pra mim, só por causa da palavra "morena". Coisas de menina...morena. Coisas de eterna menina moça. Delicadezas.....sutilezas.... feminilidades.



sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Delicadezas, sutilezas e feminilidades

Sinceramente, quando comecei a escrever este post, fiquei em dúvida sobre qual imagem usar. Tinha tanto a dizer, que preferi transformar o "delicadezas, sutilezas e feminilidades" em um marcador, assim como o "eu mesma", que sempre aparece, o "cartas para não enviar", o "crush-es da vida", que anda meio sumido mas vai retornar, e outros que vocês costumam ver por aqui.
Explicando o motivo: estava rascunhando coisas do tipo, mas vinha tudo na minha mente em forma de névoa, meio assim, sem forma, e sem ordem. Foi quando, lendo alguns dos blogs que gosto, visitei o Carambolas azuis, um blog de uma delicadez extrema, lindíssimo, e me deparei com um post em que a Cássia cita o blog da Maria Filó. Fui no blog, acabei visitando todo o site, conhecendo novas músicas, juntei uma coisa com a outra; lembranças de infância acabaram vindo e tomando forma de texto, juntei outra coisa com a outra, e....é isso, kkk.
As trilhas sonoras do blog sempre acompanham o post mais recente, então se forem ler posts mais antigos, sugiro que desliguem o player. As músicas colocadas aqui sempre têm uma razão de ser e estar. É por esse motivo também, que, daqui pra frente, colocarei uma observaçãozinha no fim do texto com o nome da trilha do post, e uns comentários adicionais, kkk. Assim, se quiserem saber o que estava tocando na data em que aquele post foi escrito, terão acesso. Já que soube recentemente que o pessoal curte a música que encontra aqui, a responsabilidade aumentou, não é mesmo? Agora tenho que caprichar mais ainda!
Pois bem, este post é mesmo só para avisar sobre essas pequenas mudanças. Espero que continuem gostando das pétalas dos meus pensamentos.

Beijos e pétalas a todos os que passam por aqui.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ding, dong...

Quando era pequena, tinha medo de um relógio carrilhão que ficava no cômodo ao lado do meu quarto. Naquele cômodo, não havia cortinas, e o eco que a melodia imitando sinos produzia evidenciava-se muito mais à noite, quando o silêncio era muito maior. Ele tocava uma melodia inteira para cada hora inteira, e então vinham as aterrorizantes badaladas. Uma hora, duas, três, quatro, eram bem suportáveis para mim, mas oito, nove, dez badaladas, ou mais, me faziam tremer. Eu me encolhia debaixo das cobertas, e deixava os olhos semi abertos. Fechar os olhos, para mim, era me concentrar ainda mais no som, e isso eu não suportaria. Mesmo pela manhã, não gostava do som do relógio. Mas não me importava com os tic-tacs, e passava algum tempo admirando e brincando com o pêndulo insistente. Quando o pêndulo ficava muito vagaroso, eu observava meu avô pegar cuidadosamente o relógio, e colocá-lo para funcionar novamente. Não gostava quando ele deitava o relógio no colo para consertar algum detalhe. Não gostava porque ele era de madeira, e mais me parecia um pequenino caixão. Os anos se passaram, e chegou o dia em que o carrilhão também foi vencido pelo tempo. Mas mesmo ali, no canto que funcionava como sótão, junto com tralhas velhas e empoeiradas, ele não parecia inofensivo. Parecia me olhar nos olhos, como se quisesse dizer que o tempo passa e não volta nunca mais, e que por isso eu devia aproveitar cada precioso segundo na vida. Eu achava que o velho carrilhão destoava dos outros objetos, e que ele era muito valioso, mas restaurá-lo, para mim significava que ele voltaria a ter poder sobre meus medos outra vez. E por isso exerci o único poder que tinha sobre ele ao deixá-lo perecer.
Esses pensamentos e sentimentos convulsivos vinham à tona ao repicar de qualquer sino: um temor inexplicável e, ao mesmo tempo, uma atração irrefreável. A atração me impulsionava a contemplar, e o temor, a querer manter distância. Eu tinha, assim como todos têm, um objeto e um som que evoca sentimentos, e até entender que isso era aquilo, o sino, para mim, era um mistério, sendo grande ou pequeno, tocando literalmente, ou sendo imitado por alguma melodia. O relógio, eu sabia que ia superar, o sino, não.
Na verdade, eu só tinha medo da transitoriedade do tempo e da vida, e de como certas coisas parecem apenas sonhos que tivemos quando viram passado.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Aos 50!

Oláááááá!!! Esta postagem é para vocês, meus 50 seguidores, que me tem feito sorrir com suas presenças e comentários. Fico muito contente a cada chegada, e não é porque estou escrevendo ao completar o número 50 que não sorri quando chegou aqui o 17º, o 4º, o 8º ou o 29º, sabem disso, não sabem? Sorri sempre, a cada pessoa nova que aqui chega.
Pois bem, então hoje é festaaaaaa (yeeeeey!!!), e vim aqui para dizer que desejo muitos dias felizes para todos nós! Espero que continuem gostando das pétalas de pensamentos que vos tenho oferecido.
Uma pena que não posso oferecer docinhos, bolinhos e refri, mas fica a intenção virtual aqui, kkkkk, e uma florzinha bem feliz com cinco pétalas de algumas coisas muito boas da vida: sorrisos, beijos, flores, estrelas e entardeceres ensolarados. Muito disso para vocês, com carinho, e muito mais!

Beijos e pétalas.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Isso me tira do sério...

Atenção, leitora, se veio ler este post deduzindo pelo título que iria deparar-se com uma bela foto do Josh Hartnett, Gerry Butler, Mario Cimarro, e outros do do gênero não-acredito-no-que-meus-olhos-veem, enganou-se, kkkk.
É que ganhei um selinho muitíssimo interessante da Debor@h, do Doce vida dura, onde o leitor chega e sai de bom humor, porque o sorriso dela aparece naturalmente nas palavras. Quase impossível você não sair sorrindo também.
Bem, as regras são as seguintes: em primeiro lugar, comentar sobre o blog de quem te presenteou com o selinho, o que acabo de fazer. Depois, dizer 3 coisas que me levam ao delírio. Ok, depois de muita reflexão, porque escolher só 3 é muito difícil:
1- receber aqueeeeeeeeeele olhar de quem eu amo;
2- acordar de madrugada, lembrar que naquele dia não vou trabalhar, e posso acordar tarde, e logo em seguida, virar para o outro lado e dormir de novo;
3- (serve comida também?) doce de leite, kkkkk.

E a última regra é repassar para cinco blogs. Meus indicados são:
a) Menina dos olhos de mel
b) Bela poeta
c) Ana'Space
d) As palavras que sempre te direi
e) Retrato em preto e branco

Mas, aí, eu não resisti e resolvi burlar isto aqui, porque não tem problema, e resolvi acrescentar:
f) Contando e recontando
g) Páginas da Finisterra

Beijos e pétalas.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Jogos, trapaças e mentiras

Esta é uma carta que eu enviarei para a parte mais secreta do teu coração. Sim, para que tu não saibas o que está acontecendo enquanto sente uma parte dele pesar, já que preferes não sentir culpa, e ter sempre certeza de que tomaste a mais correta decisão.
Escrevo esta carta por não gostar de fazer jogadas, por não gostar de enganar ou ser enganada, por não gostar de esconder o que penso por medo de torcerem minhas palavras, e as jogarem contra mim. Por não gostar e por ter medo de acabar sendo a derrotada por ter amado demais, e por ter sido honesta e sincera.
Preferia que empatássemos, ou mesmo, que tu ganhasses, mas que estivéssemos felizes no mesmo tabuleiro. No entanto, descobri minha expulsão muito tempo depois de ainda achar estar presente. Já me tinha tornado invisível aos teus olhos e nem sabia porque podia passar através de você, sem que me olhasses. Já existiam outras peças no tabuleiro avaliadas como mais valiosas para ti.
Admito que ainda estou sentada diante do mesmo tabuleiro, por opção insconsciente. Porque ainda gosto de te ver jogar, mesmo que não comigo. E admito que gosto de ver o sorriso desabrochar da tua face tão facilmente, mesmo que não seja eu quem o provoque. Talvez a beleza da minha derrota me atraia. Talvez eu te ame mesmo de qualquer jeito, sem que tu mereças. Talvez eu me sinta derrotada, sem ser. Não sei, ao certo. Só sei que detesto que se virem contra mim. E que interpretem erroneamente cada palavra minha.
Talvez devesse escapar de mim. Mas estou presa ao meu corpo. Sendo assim, deixo esta carta presa ao teu.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pétalas da vida 7: Ledo engano...

Ingrid sorria, contentíssima. Um CD da banda preferida. E um par divertido de brincos. Surpreendia-se. Já fazia um tempinho que não ganhava presentes. Foi para casa animada, escutou todas as músicas, elegeu suas preferidas, e passou a usar azul quase todos os dias porque combinava com o brinco. O tempo passa brincando e rindo de todo mundo, e ria dela também, com certeza. Mostrou de uma forma surpreendente também outra pessoa com o mesmo brinco. Num almoço animado, entre risos, Ingrid observou num relance que essa pessoa sorria alegremente ao lado de quem lhe deu o presente. A cena congelou diante dos olhos de Ingrid, e ela só conseguia imaginar como alguém conseguia ter tão pouca criatividade diante de um mundo tão pequeno, onde os menores detalhes aparecem ampliados num momento oportuno. Decidiu não usar mais os brincos. Odiava o fato de não ter exclusividade. É claro que poderia haver várias mulheres no mundo com aquele mesmo brinco azul, mas não oferecido pelas mesmas mãos indecisas. O doce virara azedo.
Quase uma década depois, Ingrid se encontrava num cenário semelhante: encontrava, por acaso, uma carta de amor endereçada a outra pessoa. Lia cada palavra atentamente, pelo fato do escritor ter sido outrora seu amor. Sentia-se feliz por ter recebido do acaso esse momento, e ao mesmo tempo, confusa por saber que as palavras não eram direcionadas a ela. Gravou em sua mente as frases mais importantes, e recitava-as sozinha, analisando frase por frase. Culpava-se por não ser a musa inspiradora daquelas palavras. Perguntava-se em que havia errado. Encontrava milhares de erros possíveis em si mesma. Questionava sua própria personalidade. Depois da pior fase da ressaca emocional, divertia-se no computador, conversando com amigas e organizando os e-mails. Foi por um triz que o tempo não voltou: quase uma lágrima descia de seus olhos, enquanto relia essa antiga carta, cuidadosamente salva. Mas foi apenas um "quase", porque, sem explicação alguma, lembrou-se de um amigo do escritor, duvidando e rindo-se das palavras amorosas contidas ali. Rapidamente entrou em um site de busca e digitou um trecho da carta de amor aparentemente tão sincera. Teve vontade de chorar, mas as lágrimas não desceram; veio de dentro um riso tão grande, um riso que lava e joga fora as impurezas das pobres dúvidas sobre si mesma. Ingrid riu o riso grande, o riso contido em volume, porque já era tarde, mas grande em significado. Percebendo a semelhança entre as revelações que o casalzinho tempo e vida lhe faziam, sentiu-se tão leve. Agradeceu por não ter sido a musa inspiradora daquelas palavras, já que não conhecia mesmo o verdadeiro escritor. Continuava gostando de exclusividade, e não queria receber palavras copiadas também usadas por outros para outras pessoas. Não queria brincos azuis iguais. E sorriu ao lembrar de que aquilo justificava a ausência dos erros de português do escritor, tão comum nas cartas verdadeiramente sinceras, escritas a mão, com palavras vindas diretamente do coração, seja lá como ele fosse, endereçadas a ela nos tempos em que ele não gostava de digitar. Sentiu-se grande novamente, sentiu-se forte, e um tanto envergonhada por ter algum dia duvidado de sua própria capacidade de amar. Omitiu esse fato da musa atual do escritor, porque não sabia se ela contentava-se com isso. Mas o importante era que Ingrid não se contentaria. Odiava brincos azuis repetidos e palavras que não vêm do coração.


sexta-feira, 30 de julho de 2010

Aves raras



Assim como as aves-do-paraíso, assim são os músicos para quem não os conhece bem. Alguém é atraído pela sua figura, pelo seu movimento, e começa a pesquisar seus hábitos, seu habitat. Horas esperando por algum sinal, algum som, algum farfalhar, por mais leve que seja. E um sorriso leve de satisfação, quando, em um determinado momento, o que, por um segundo, chegou a chamar de sonho, é tão mágico que é como se nem fosse real. Uma ave, duas, ou talvez três captadas pelos olhos marejados de emoção, que nem imaginava ver um grupo delas, já contentava-se com uma única ave. E o espetáculo dessas aves é particular, e seu vôo, etéreo. Se não gravado, é um momento de sonho, é quase fruto da imaginação. E numa sala de chão brilhante, da cor de âmbar, invade a luz solar de um dia frio, e o som penetra em um coração sensível, e completamente aberto para sentir toda a emoção retirada daquelas cordas. E alguém aparece como uma ave rara, e mais um, e mais um, e como se não estivessem sendo observados, arrancam das cordas alegrias, paixões, medos e frustrações. Arrancam das cordas a origem das lágrimas nos olhos. E se tudo isso não pudesse ser gravado, seria apenas fruto da imaginação, como alguém que olhou através de uma fechadura mágica, que mostra a visão de um paraíso distante, etéreo e inalcançável. Se não pudesse ser gravado, seria um sonho que nos faz sentir vivos, sem jamais podermos explicar.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A escrita precisa de vida real

Perdoem pelo sumiço, mas precisava viver um pouquinho para continuar a escrita. Embora seja legal escrever ficção de vez em quando, as coisas reais são igualmente interessantes, e o espaço aqui, como vocês já devem ter notado, prioriza a vida real. Por isso, fiquei quase um mês de férias, não para descansar, mas para viver. Preciso viver para escrever, e a escrita precisa de vida real. Necessito ficar de pé diante da vida e ter coragem para enfrentar o "play" natural que a vida oferece, para poder clicar um pequeno ''pause" para transformar em letras tudo o que vi e senti, o que quer que seja; pode ter sido apenas um pôr-do-sol, mas eu o vi, e vivi naquele momento, e só por isso já em si importante.
Estou de volta!
Beijos e pétalas.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dose dupla!

Coisas lindas, hoje venho aqui pra fazer um convite duplo: primeiro, vão visitar o blog da Débora, super simpática, criativa e com outras qualidades que ela vem demonstrando pelo seu blog, dia a dia. O endereço é http://doce-vida-dura.blogspot.com; segundo, hoje ela abriu seu espaço para publicar um texto meu, que eu tirei lá do fundo do baú, da época do meu primeiro blog (sobre o qual vou começar a comentar mais por aqui). Divirtam-se! E pra quem já conhece a Debor@h do Designando, sigam também o Doce vida dura, que é um amor!

Beijos e pétalas.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Ai, que medinho!








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Sabemos que Aveia Quaker é saborosíssima, e ainda por cima, saudável. Mas a embalagem não ajuda, sinceramente. Explico o motivo: quando eu era criança, uma coleguinha na escola falou que amava aveia, mas morria de medo de ir pegar na geladeira, e dar de cara com o moço da Aveia. Ela achava a cara dele muito sinistra, e à noite, então, quando ia pegar água gelada, chegava a tremer quando dava de cara com ele. Bem, com o cara da aveia, eu nunca tive grandes problemas, apesar de achá-lo sinistrão também (aquele sorriso meio psicopático não me atrai - at all). Já as figuras simpáticas da moça do Leite Moça (ih, esqueci de colocar a imagem dessa, mas vocês conhecem...), da menina do bolo Ana Maria (mesmo depois de reconfigurada - será que apliquei o termo corretamente?) e os dentinhos coloridos da carinha do bonequinho do Mini chicletes, aaawwww, são fofos. Coisas da infância que ficaram a até hoje, exceto esses chicletinhos que nunca mais vi. Eu não lembro o nome dessa minha ex-coleguinha de primário, mas lembro dela sempre que vejo os caras azuis que fazem propaganda da TIM. Tenho a mesma sensação que ela tinha quando olhava pro cara da Quaker. Por isso, meu celular não é TIM, acho que eu nem aguentaria visitar o site. Nem me interessa saber das promoções que eles oferecem. Os caras azuis me dão arrepios e pronto. Gente, o visual conta, não é verdade? Por exemplo, eu não uso o eMule, porque o visual do programa não me agrada, e aquela mulinha, apesar de ser bem simpática, também não é suficientemente atraente para mim. Escolhi o blogspot para hospedar meu blog, porque meus olhos acham tudo mais rápido do que quando estou no Wordpress. Volto a dizer: conteúdo é tudo de bom, mas o visual também ajuda, não acham? Pelo menos, no que se refere à tecnologia, marcas, e afins. Mas, atenção: não tenho medo da mulinha, ok? Só dos caras da TIM. E um leve e incômodo tremor quando encaro o cara da Quaker.
E vocês, do que tem "medo"? Kkkkk...

sábado, 12 de junho de 2010

E mais um para a coleção!

"O prêmio Dardos é um reconhecimento dos valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., que em suma demonstram sua criatividade através do pensamento vivo, que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à web."

Esse quem me deu foi a Luciana, obrigada, querida menina dos olhos de mel! Você sabe como gosto de ganhar esses presentinhos, uma surpresa muito agradável! A regra manda indicar para mais 10 blogs, mas hoje, eu me rebelarei (kkkkk...) e indicarei para todas as blogueiras que têm deixado frequentemente seus comentários super animados aqui.

Beijos e pétalas.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Vendo a vida com outros olhos...


Na semana passada, estava inocentemente comendo uns biscoitinhos wafer de morango, enquanto procurava algo de bom na TV, e me deparei com Saawarya, um desses filmes de Bollywood, que são o máximo! Saawarya é do tipo de filme que eu, pelo menos, não aceito bem, na primeira vez. Depois que vi, fui direto navegar na internet, e procura críticas, e explicações mais profundas sobre o perfil psicológico dos personagens. Fiz isso tudo pra aceitar o final, que foi imprevisível para mim. Mas mesmo estando com lágrimas nos olhos, achei o filme lindo e assistiria sempre, assim como o Fantasma da Ópera, com o Gerry Butler. É triste, mas é absurdamente lindo! O filme foi baseado na obra "Noites brancas" de Dostoievsky. O título se deve a um fenômeno solar que ocorre geralmente este mês, na Rússia, em que a noite fica tão clara que se pode ler sem luz artificial, porque o sol não se põe completamente. Deve ser bonito de ver.
Na tradução de Carlos Loures, há uma frase também absurdamente linda, que diz: "Meu Deus! Um minuto inteiro de felicidade! Afinal, não basta isso para encher a vida inteira de um homem?..." E essa frase me fez entender melhor todo o filme. Será que existe alguém que considere um privilégio o simples fato de poder amar, independente de ser amado? Sinceramente, eu achei que conseguiria fazer isso. Bem na parte de amar, continuo amando. Mas na parte em que se acha isso um privilégio, ok, nesse caso, admito que amar sem ser correspondida é um defeito enorme que tenho que deletar de mim. Ainda mais quando esse defeito aflora pela presença de uma só pessoa. Não, ninguém merece isso. Mas achei tão lindinho ver isso no personagem do filme, ainda mais por ser um personagem masculino. Torci por ele durante todo o filme, mas entendi que a alegria dele não se baseava em retornos. A felicidade dele significava apenas dar, sem estar preocupado com o receber.
O filme todo tem uma atmosfera tão azul, tanto literal como poeticamente falando. E as coreografias são tão ocidentais, às vezes, kkkkk. Chorei mais por dentro que por fora, e todos sabem: assim é bem "pior". Não tenho condições emocionais de assistir a esse filme, em qualquer dia e hora, mas assistiria mil vezes, estando bem preparada.
São quatro noites mágicas, um coração sonhador, e outro esperançoso e sofredor.
Assistam.

Beijos e pétalas.

domingo, 16 de maio de 2010

Morangos de maio

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(Conforme prometido...)

Andávamos uns vinte minutos até o centro da cidade, no final da tarde. Mas, já cansados após um dia cheio de atividades, costumávamos parar nas arquibancadas de um campo de futebol. Sentávamos para descansar uns minutos, e um certo dia, eu perguntei: "Você gosta de morangos?" E você disse que sim. No dia seguinte, comprei duas caixinhas de morangos, e guardei para o próximo dia. Desta vez, sentamos e comemos morangos. Conversamos, fizemos planos para o nosso futuro, rimos de coisas simples, e continuamos andando. Por anos seguidos, segui com esta imagem de nós dois, sempre que via caixinhas de morangos no mês de maio. Esta imagem tão singela de nós dois, que mostrava cumplicidade, sinceridade, e vontade de estar junto...sempre.
No entanto, até as imagens que guardamos intactas nas nossas mentes mudam, ou simplesmente mofam. Esperava que isso pudesse acontecer comigo. Mas o que aconteceu de verdade era aquilo que eu nunca poderia prever. O plástico que lacrava meus sonhos, com o tempo, ficou tão empoeirado, que, apesar dos conselhos para simplesmente livrar-me deles, decidi pegar um paninho macio de esperança, mergulhar no sabão pastoso da persistência, e limpar. Daí, sim, eu poderia contemplar novamente todas as vontades nossas que permaneceram lacradas, todos os presentes que te dei que não foram aceitos, mas devolvidos sem nunca terem sido tirados das caixas. Limpei cuidadosamente, num fim de semana tranquilo, de sol calmo, e céu azul. E guardei ordenadamente nas prateleiras do meu coração.
Num outro dia irritantemente cinza, frio e chuvoso, decidi abrir as embalagens lacradas. Se não pude construir estes sonhos, realizar estas vontades contigo, então eu imaginei que talvez algo eu pudesse fazer sozinha; colocar em prática nossos planos, e imaginar simplesmente você ao meu lado, comemorando comigo o prazer de ter alcançado a alegria e o alívio que vem depois da luta para atingir um objetivo. Estava tão ansiosa que não abri como se deve, e fui simplesmente, enquanto chorava e sorria nervosa, furando a embalagem com meus dedos e arrancando o fino, mas firme obstáculo que você permitiu que outros construíssem entre nós. Mas qual não foi minha surpresa ao encontrar as caixas quase vazias, apesar de parecerem cheias por fora! Eu pensava que meu olhos tinham enlouquecido; eu dizia repetidamente: "Mas os seus sonhos também estavam aqui junto com os meus, eu sei, eu vi! Eu sei, eu vi! Eu sentia que sim..." Pura verdade, eu não vi coisa alguma, eu apenas senti que sim. Enquanto comia os morangos, não reparei que você comeu apenas dois. Enquanto abria meu coração, não reparei que você apenas ouvia, sem compartilhar. Enquanto ria com você, não reparei que você apenas sorria, talvez para não me contrariar. Enquanto havia grandes silêncios no meio de nossas conversas, não reparei que você não quebrou o silêncio, abrindo seu coração também. E nesses silêncios, eu não desconfiei de absolutamente nada. E criei a falsa imagem dos seus sonhos junto com os meus na mesma embalagem lacrada. Eu simplesmente não reparei que você lacrou a embalagem com o meu coração sozinho dentro. E me devolveu o presente. Eu si o que queria tanto ver. Mas que agora acho que não existia. E se existiu algum dia, viveu num espaço apertado e utópico, entre uma vírgula e outra de seus gestos hesitantes.
E eu virei um único morango, rubro de vergonha, por ainda não ter conseguido te esquecer.

Trazendo mais um selinho pra casa!

Uau, blog de ouro, que chique! Nada tenho a acrescentar, exceto que amei, e até gostaria de ter uma destes na minha estante. Nem precisava ser de ouro, não tenho nada de ouro, nem quero ter, enquanto houver violência nesse mundo. Mas podia ser assim, douradinho, folheado, que eu já me satisfazia. Amei esse bonequinho segurando o lápis!
Quem me deu esse selo lindo foi a Debor@h, do Doce vida dura. As regras do jogo: responder a algumas perguntas simples, tais como:

1- Por que eu acho que mereci o prêmio? Bem, mas essa não sou eu quem tenho que responder. Esse negócio de merecer ou não, eu prefiro ouvir de meus leitores. Mas agradeço de coração por ter recebido!

2- Na minha opinião, qual o post do blog que mais merece ter recebido este selo? Ei, mas as perguntas eram pra ser simples!!! kkkk Olha, é difícil, mas eu gosto muito da série Incolorida e dos posts da série Pétalas da vida. Em comparação com os outros, eu prefiro estes.

3- Do blog que me indicou, o que mais me agrada? Ele mereceu o prêmio? Mas, é claro que mereceu! O que mais me agrada é o frescor, mas, ei, no bom sentido da palavra, viu? Frescas como uma maçã verde apetitosa, uma rosa orvalhada, uma brisa fresca depois de uma chuva breve num dia de verão. O blog tem sempre um tom revigorante, e te deixa sempre com um sorriso na face.

4- Quem merece receber o selo? Uai, tanta gente, gente até que tem blog que eu nem sigo, porque ainda não deu tempo, ou que eu ainda nem conheci. Mas hoje vou deixar este para todos os que eu sigo. Junto com...

...beijos e pétalas.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

My world needs music...always!

Primeiro, quero agradecer pelos comentários do último post, que me deixaram muito, muito sorridente! Sim, sim, para as postagens sobre morangos, estou esperando o mês de maio e junho. Até lá, vou escrevendo outras coisas. Mas hoje, minhas coisinhas lindas, preciso da ajuda de vocês. Em vários momentos do ano, garimpo sons que nunca ouvi antes, não interessa se são antigos ou mais recentes, só interessa que eu me identifique com eles. E já ando há dois dias sem escutar música, porque meu mp4 anda com um repertório muito batido. Preciso urgentemente de coisas novas! Estou acreditando em vocês, hein: sugiram músicas boas de ouvir, pleeeeeeease! Descobri a Sia e Imogen Heap pelos blogs da vida, agora está na hora de descobrir mais gente que faz música interessante! É que já comecei a rotina 2010, e ainda não tenho trilha sonora pra ela, ai, ai, ai...

Beijos e pétalas.

sábado, 10 de abril de 2010

Metade...

Esta é mais uma carta que a vida te proibirá de ler. Sim, porque a vida conhece bem a impossibilidade, e se dá bem com ela. A vida é o tipo de amiga que se dá bem conosco, mas também se dá bem com quem não faz bem pra nós. Por isso ela não te deixará ler, porque sabe no fundo, que eu gostaria que teus olhos lessem. Também te proibirá porque sabe que teus olhos não compreenderiam nem a superfície do significado destas palavras tecidas aqui.
Hoje escrevo para dizer que me sinto uma metade completa. Uma metade não minguante, mas também não crescente...apenas uma metade. Uma metade simplesmente, uma visão perfeita daquilo que eu julgaria impossível há alguns anos atrás. Meu coração se desesperaria e sofreria com muita antecedência ao saber que tua vida estaria completamente afastada da minha por escolha própria.
Acompanho tua vida como uma minissérie em que se perde alguns capítulos, e que só o resultado chega como notícia final sem maiores explicações. E na maior parte das vezes sem imagens. Só palavras digitadas aqui e ali. Junto algumas peças tortas de um complexo e ainda incompleto mosaico. E desejo tua felicidade, porque te amo, e não mudei a intensidade do meu amor, nem permiti que interferências alterassem os alicerces da minha fidelidade. Amo porque sou diferente de ti, meu querido caleidoscópio banhado em escalas de cinza.
Não quero julgar, lutar ou discordar: quero tua explicação, para eu entender porque o amor que ainda te é acessível não vale à pena.