domingo, 27 de março de 2011

Uma aula de vida

Amo Cesar Millan. Amoooo! De paixão! Assisto atentamente a todos os episódios de "Dog whisperer". Vejo e revejo, e aprendo muito com ele. Depois de alguns episódios, comecei a aprender nem tanto sobre os cães, mas sobre o ser humano, em si. Amo quando ele diz que o cão reflete o estado de espírito de seu dono. Tadinhos, tem de suportar coisas que nem nós, seres da mesma espécie, suportamos.
Lembro que em um certo episódio, o Cesar disse que era completamente errado dar afeto a um cão instável e indisciplinado. Primeiro, a disciplina, e depois o afeto. Argumentou falando sobre a criação de filhos. E depois falou sobre namorados; percebeu que a dona do cão escolhia como seu namorado o homem-coitadinho, aquele que ela sentia que precisava dela. E oferecia-lhe afeto. Depois explicou por que isso dava tão errado.
Pulando pra outro canto, uma breve história antes de continuar com minha linda de raciocínio: uma amiga me contou que conhece um rapaz que mora numa rua tranquila, mas que sua tranquilidade sempre era abalada quando se deparava com um menino de rua, órfão, muito esperto, que aprendeu a lidar sozinho com os perigos que a vida naquelas condições oferece, trabalhando como podia para conseguir o sustento de cada dia. E às vezes nem isso conseguia. Certo dia, de tanto se incomodar, o rapaz convidou o menino para um café da manhã em sua própria casa. O menino aceitou o convite, porém, não sabendo lidar com toda a situação de afeto familiar, desatou a chorar, sem saber o que dizer ou fazer. Parece maldade, mas não é: talvez o menino ficasse muito mais feliz se o dono da casa lhe oferece um belo sanduíche e um cafezinho por lavar seu carro, cuidar de seu jardim ou fazer qualquer outra tarefa. Ele aceitaria gentilmente e saberia lidar com a situação que já conhece: não receber algo de graça. Ele não estava acostumado com atos totalmente desinteressados. Não estou dizendo aqui que o amor desinteressado não se ensina, estou dizendo que ele deve ser aprendido em alguns passos. A gente ensina o nível 2 quando o aluno estiver apto, e não antes. Tenho certeza de que nessa situação fictícia, o menino ficaria muito mais grato. Agora sim, quem sabe, um nível 2, com o tempo, 3, até chegar o momento em que o menino baixaria sua guarda, acreditando realmente que algumas pessoas - mesmo que poucas - podem ajudar sem interesse algum.
Voltando a seguir a linha de raciocínio do Cesar, não se dá afeto a alguém instável, a alguém desequilibrado, a alguém fora dos padrões normais. Não se faz isso com seu filho, nem com seu amigo, nem com o menino de rua, nem com um desconhecido, e nem com seu cachorro. Isso também é apoiado pela Ana Beatriz, em seu livro "Mentes perigosas". Dar amor a alguém nessa condições é perigoso, e reforça seu comportamento desequilibrado. Portanto, se você culpa alguém do seu passado por não retribuir seu amor, ou se seu cachorrinho virou-se contra você após tantos beijinhos e biscoitinhos, pense bem. Você pode ter maltratado muito a pessoa ou o animal, oferecendo-lhe afeto antes de entender seus verdadeiros problemas. Pense bem, mas ok, também não precisa pedir perdão por ter amado. Afinal de contas, o desequilíbrio não se originou de você. Isso não é maldade. É salvação de vida. É reconstrução de caráter. É amor verdadeiro.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Pétalas da vida 9: Você está falando sério???

Eu: Alôôôaaahh...?
Operador de telemarketing (que iremos chamar de I., de inconveniente): Bom dia, eu gostaria de falar com senhora Fulana de tal, por favor?
Eu: Sim, sou eu!
I.: Senhora, estamos oferecendo um novo pacote para ligações, em que a senhora vai estar pagando apenas X., no que antes a senhora pagava Y.
Eu: Ah, muito obrigada, mas nesse momento, realmente não tenho interesse.
I.: A senhora não tem interesse? Mas no nosso sistema verificamos que a senhora novamente ultrapassou a quantidade de ligações oferecidas pelo pacote...
Eu: Queridinho, desculpe interromper, mas realmente não estou interessada.
I.: Mas o valor que a senhora vem usand...
Eu: Desculpe interrompê-lo novamente, é o seguinte: em alguns meses, vou ultrapassar, sim. Em outros meses, não. No mês que eu fizer menos ligações, quero pagar este mesmo valor, e não um valor mais alto que você vai me oferecer, que será vantajoso, em alguns momentos, mas não sempre.
I.: Entendo...
Eu: (pensando)...não entende porcaria nenhuma, e vai continuar falando, quer ver?
I.: Mas além desse pacote, tenho outro do seu interesse.
Eu: (pensando)...não disse?
I.: É um pacote que oferece uma quantia X de ligações interurbanas e interestaduais. A senhora por utilizar...
Eu: Já vou eu te interrompendo de novo, não é? Mas é que - não sei se eu fui clara o bastante - realmeeeeeente  não es-tou in-te-res-sa-da no momento, entendeu?
I.: Por que não, senhora, se no nosso sistema consta que no mês passado, a senhora fez duas ligações interestaduais e....
Eu: Ok, eu não vou responder a esta pergunta. Já acho inconveniente você ver toda a minha vida telefônica neste sistema, e ainda tenho que responder por que quero ou não uma opção de pacote da operadora? Pra eu te dar essa resposta, preciso contar detalhes da minha vida, e, vai me desculpar, mas aí já é demais!!!

Pelo visto, acabou-se o tempo em que o pessoal de telemarketing era mais discreto...

sexta-feira, 18 de março de 2011

Delicadamente nostálgica

Achei essa imagem clicando num link, enquanto lia meus blogs favoritos. Ahhhh, como eu preciso de uma penteadeira no meu quarto! Um objeto ultrapassado, alguns diriam. Mas é preciso ser sensível e feminina o suficiente para entender o que realmente significa. Não é só questão de enfileirar meus perfumes nacionais e importados, pincéis, make-up, e tudo o mais. É o segundo momento feminino mais importante depois do banho. É quando nos olhamos no espelho e vemos nossa própria imagem em seus melhores e únicos momentos, de um jeito que não se repetirá. É quando encontramos traços de nossas mães e avós nos ensinando o que é ser uma mulher, por dentro e por fora. É quando sorrimos pensando no muito que valemos para aqueles que amamos, e que realmente nos amam. É quando estamos flutuando em nosso momento mais delicado, poderosamente frágil e aparentemente vulnerável. É quando ensaiamos o que diremos àqueles que tentam nos desequilibrar. É quando conversamos sozinhas a respeito do que sentimos, e também do que já deixamos de sentir há muito tempo. É quando nos olhamos, e temos por vezes saudades de nós mesmas. É quando choramos arrependidas pelas decisões erradas, e tentamos encontrar um caminho melhor. E, finalmente, é quando admiramos quem somos hoje, e tudo o que ainda poderemos ser.

terça-feira, 15 de março de 2011

Estou desatualizada, marriage...ly speaking

Já tive aquela época em que colecionava tudo quanto é revista de noiva. Mas o tempo, os ácaros e outras substâncias desconhecidas que moram nos esquecidos que ficam no porão, puseram uma data de validade nelas. Quando fiz a descoberta, sinceramente não fiquei triste; isso faz parte das coisas que vão embora, e que nem sentimos falta, porque foi bom enquanto durou. Mas nesse ano me encontrei completamente desatualizada, quando estava navegando e vi uma foto muito bonita, e que deve estar "na moda", e eu nem sabia. Eu ainda pensava que as noivas usavam apenas sapatos brancos. Taí, gostei da ideia! Se eu vou usar no meu casamento? Na verdade, isso não me passou pela cabeça. Pra que esperar? Vou arriscar no próximo vestido branco que eu tiver.