segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Apenas uma vez...

...arrisco escrever sobre tua presença, mas apenas uma vez. Uma vez só, já que prevejo um futuro em que um não faz parte da vida do outro. Poderia deixar as folhas reservadas a teu nome em branco, mas acredito que tua memória deve ser gravada com letras e imagens, porque sempre acho que, no fundo, tu és apenas um personagem criado pela minha imaginação, e em atmosfera de sonho te descrevo. 
Aquele que pisa no chão, mas que voa até a altura das estrelas, e vem vigiar meu sono. É como se tivesses poderes de um anjo, e pudesse desaparecer quando não quer ser visto. E assistisse a aurora sentado nos galhos de árvore próximos à janela do meu quarto, tomando cuidado de desaparecer por completo antes que meus olhos se abram completamente; e de vez em quando tuas características humanas quase deixassem transparecer teus segredos, rindo e transformando em dúvidas cinzentas minhas certezas translúcidas. Descrever mais é exigir demais de minha capacidade de transformar teus gestos em palavras.

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