.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Passei novamente pela rua que pensava nossa. Hoje não é mais, e também não é de mais ninguém; do contrário, haveria flores, grama verde e saudável, e árvores frondosas. Mas não vi nem folhas secas: não senti vida, vi apenas papéis jogados ao chão num cimento triste e fosco. Olhei para o céu e não vi senão nuvens duvidosas, encobrindo qualquer raio dourado que ousasse alegrar o cenário. Não vi pessoas andando felizes, não vi casais apaixonados que nos substituíssem.
Aquela rua que chamei de nossa era o reflexo ilusório do sentimento que também pensei que fosse de nós dois. Classifique-me como louca, mas prefiro a saudade mentirosa de um "nós", do que encarar a realidade de um "apenas eu".
Nenhum comentário:
Postar um comentário