.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Apressa-te, amor, porque não consigo falar estas palavras frente a teus olhos.
.
Exausta por amar por dois, chego à inevitável conclusão de que isso não pode ser um ato eterno. Retiro água de um poço quase vazio, e preciso de, pelo menos, algumas gotas de amor. Ainda tenho forças para multiplicá-las, mas não para viver de idéias inventadas. Meu coração ainda consegue amar, mas minha boca agora inerte não pronuncia sonhos transparentes e flutuantes.
.
Não nos deixe morrer. Ainda podemos ser.
.
Por favor, não explore em excesso as surpresas que o tempo pode oferecer, porque o tempo tem duas faces. Peço-te enquanto ainda existe fogo, enquanto existe beleza nos desabrochar das flores, enquanto existe magia no entardecer da esperança.
.
Apressa-te, pois o sintoma a seguir é não sentir coisa alguma por ti.